A actuação teve início, tal como o último disco de Corinne Bailey Rae, “The Sea”, com a música “Are you Here”. Corinne começou sozinha na guitarra e a pouco e pouco a banda passou a acompanhá-la. E a música seguinte “Paris Nights/New York Mornings” já é tocada com toda a (excelente) banda em sintonia com a inglesa, que ao longo da banda mostrou novos arranjos em grande parte das canções.

A cantora e compositora inglesa é conhecida acima de tudo pelas suas canções doces mas no concerto de ontem exibiu outras facetas. Enquanto em “Closer” foi sedutora, em “Love is on its way” foi mais intensa do que o seu aspecto delicado parece permitir.

“Blackest Lily”, uma versão reggae de “I only have eyes for you”,ção popularizada por Frank Sinatra, e “I’d do it all again” mantiveram aceso o interesse no concerto embora o público presente em Cascais não tenha correspondido convenientemente ao longo da actuação.

O entusiasmo dos espectadores foi consideravelmente maior quando Corinne Bailey Rae interpretou as canções do seu primeiro disco, principalmente “Put Your records on” e “Like a Star”, que receberam as mais fortes palmas e até alguns coros menos tímidos.

Mas foi na recta final que Bailey Rae provou de vez ser mais do que uma voz simpática e uma cara bonita. “I would like to call it beauty” e “The Sea”, esta tocada também numa autoharp, aumentaram a fasquia. Mas foi com a impressionante versão da canção de Doris Day, “Que sera sera”, que o público aplaudiu merecidamente, e de pé, a jovem cantora. Um final mais do que simpático para uma suave noite de Verão

Frederico Batista(texto) e Vera Moutinho (Fotos)