![Cistermúsica leva música e dança a Alcobaça durante um mês](/assets/img/blank.png)
O festival apresentado hoje à comunicação social “vai percorrer seis séculos de música numa programação de grande qualidade e variedade, integrando mais de vinte e cinco espetáculos vocacionados para públicos de todas as idades”, disse à Lusa o diretor executivo do Cistermúsica, Rui Morais.
A fazer jus ao tema “Lendas e Heróis”, o festival arranca a 28 de junho, pela primeira vez, com “um ballet encomendado, Quórum Ballet 30.000” através do qual se “pretende homenagear Aristides Sousa Mendes, um herói de carne e osso”, afirmou o mesmo responsável.
Já outros heróis, como D. Quixote, merecerão referência num concerto (no dia 3 de julho) em que a Orquestra Sinfónica Portuguesa interpretará obras de Frederico de Freitas, Mily Balakirev e Richard Strauss.
À Banda Sinfónica de Alcobaça caberá levar ao palco “Tágides”, de Eugénio Rodrigues, uma estreia dirigida especialmente aos mais novos e que inclui o Carnaval dos Animais de Camille Saint-Saëns.
Entre os atrativos do programa contam-se ainda, pela primeira vez, dois alaudistas - Hopkinson Smith (num recital de tiorba dedicado a suites de Bach) e Miguel Yisrael (que, tocará Beethoven, Britten, Webern e Debussy) - ou a estreia moderna de um requiem do século XVI, conservado na Biblioteca de Coimbra, apresentada pela Cappella Musical Cupertino de Miranda.
Mantendo o modelo de anos anteriores, o festival volta a apostar em novos valores, apresentando os vencedores do Concurso Internacional de Música de Câmara “Cidade de Alcobaça” 2013, o Incertus Trio (trio de flautas) e dois grupos de percussão que percorrerão vários espaços do Mosteiro numa noite ‘Non Stop’.
A fechar o programa, a organização aposta este ano na ópera Il Mondo della Luna (1765), uma das primeiras versões musicais do libreto de Carlo Goldoni que será interpretada pelos Músicos do Tejo no último dia do evento.
O festival que nos últimos anos teve um orçamento de 140 mil euros, no âmbito de uma candidatura que permitiu aumentar a comparticipação camarária, viu este ano a verba reduzida para 100 mil euros o que, segundo Rui Morais, “obriga a reintroduzir bilheteira, embora a pecos simbólicos.
Os preços oscilam entre os três e os oito euros e a organização espera que “o público continue a afluir como nos anos anteriores” em que o festival tem atraído mais de cinco mil pessoas.
@Lusa
Comentários