Um grupo de investidores dirigido por uma antiga funcionária do governo Obama está em negociações avançadas para comprar a The Weinstein Company, a outrora poderosa produtora de cinema criada por Harvey Weinstein e o seu irmão Bob, disse esta terça-feira (23) à AFP uma fonte próxima à negociação.
O consórcio, liderado por Maria Contreras-Sweet, uma imigrante mexicana que chefiou a agência federal para pequenas e médias empresas no segundo mandato de Barack Obama (2014-2017), submeteu uma segunda oferta para comprar todos os ativos da sociedade.
"Fizeram uma oferta para adquirir todos os ativos com a intenção de excluir outras propostas", disse a fonte, que pediu anonimato.
Segundo o site Deadline, o grupo de investidores teria proposto a criação de um fundo de indemnização das vítimas do antigo produtor Harvey Weinstein, alegadamente envolvido em dezenas de casos de assédio sexual e violação.
O grupo de investidores também se teria comprometido a manter a maioria dos funcionários da empresa, segundo o site especializado.
A oferta seria de aproximadamente 500 milhões de dólares. Desse valor, 275 milhões se destinariam à compra, e o restante seriam encaminhado para o pagamento de dívidas e um aumento de capital. O acordo pode ser concluído num prazo de sete a 10 dias.
Caso o acordo seja concluído, o consórcio ganharia a uma dezena de outros compradores potenciais, sobretudo o grupo do Catar beIN, a empresa Lionsgate e um grupo de investidores essencialmente feminino agrupado na produtora Killer Content.
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