A sétima edição do festival Porto/Post/Doc arranca hoje, no Porto, com um total de 69 filmes em exibição, até dia 29 de novembro, além de um passe online que permite assistir a 58 das obras selecionadas.

Ao longo de nove dias, dois deles 'inativos' devido às restrições para este fim de semana, decorrentes do estado de emergência de resposta à pandemia, o evento decorre sobretudo no Teatro Municipal Rivoli, ao qual se juntam o Passos Manuel e o Planetário do Porto, que acolhe sessões especiais. Uma exposição de fotografia fica patente na galeria The Cave.

Nove obras competem na secção internacional, oriundas de Portugal, França, África do Sul, Laos, Espanha, Israel, Brasil, México, Argentina e Iraque.

"A Nossa Terra, O Nosso Altar" é o representante português, documentário realizado por André Guiomar, que retrata a comunidade do Bairro do Aleixo, no Porto, num primeiro momento, em 2013, e, depois, em 2019, retratando o lento processo de demolição das torres e de subsequente de realojamento.

O brasileiro Caco Ciocler tem a concurso "Partida", em estreia nacional, com Teboho Edkins a retratar "a relação emergente entre a China e África", num "'western' documental", pode ler-se na sinopse do filme, rodado na África do Sul.

Kiyé Simon Luang apresenta "Goodbye Mister Wong", enquanto Yohei Yamakado rodou em França "Amor Omnia", em que "um círculo de amigos pratica a récita do texto 'Bucólicas', de Virgílio".

Com três sessões de debate no Fórum do Real, o tema do festival, "A Cidade do Depois", também se reflete numa secção a ele dedicada, com filmes de cineastas como Pedro Costa, Chris Marquer e António Campos, que olha para as transformações da representação cinematográfica das cidades, e a própria transformação desse conceito, ao longo do século XX.

Na secção Cinema Falado, o cinema português tem uma competição 'interna', entre curtas e longas-metragens, documentários e ficção, de nomes como Paulo Abreu, o angolano Fradique ou a brasileira Moara Passoni.

O filme angolano "Ar Condicionado" estreia-se em Portugal, num ciclo que também contempla, fora de competição, a obra "O Movimento das Coisas", de Manuel Serra, estreado em 1986 e que se debruça sobre "histórias de quotidiano e silêncio, numa aldeia do Norte".

Há sessões para famílias, um ciclo dedicado a cinema espanhol, um outro a primeiras obras de estudantes de escolas de cinema, uma 'carta branca' dada ao realizador galego Eloy Domínguez Serén, que escolheu três filmes suecos, e o Transmission, dedicado à música.

Aqui, nota para "A Vida Dura Muito Pouco", de Dinis Leal Machado, sobre José Pinhal, mas também uma análise do punk no Reino Unido nos anos 1970, por Rubika Shah, uma abordagem da história do 'soundcloud rap', por Justin Staple, e uma obra de Sergi Cameron, sobre o cantor espanhol Niño Elche.

Ao todo, são atribuídos seis prémios, um deles para uma oficina, incluindo um para cinema português, outro para estudantes e um outro para autores emergentes.

Fazem parte do júri os professores, investigadores, curadores e cineastas António Preto, Erika Balsom e Ramiro Ledo Cordeiro, na competição internacional, e Eduarda Neves, Inês Moreira e Sérgio Dias Branco, na secção Cinema Falado.

A abertura do festival, na sexta-feira, cabe ao norte-americano Spike Lee, com a estreia nacional de um filme sobre o álbum "American Utopia", de David Byrne. O encerramento cabe às obras premiadas, já depois da exibição de "MLK/FBI", de Sam Pollard, outro trabalho de 2020 sobre a vigilância levada a cabo pelo FBI ao ativista Martin Luther King, Jr..

Os bilhetes para as sessões em sala custam cinco euros, sujeitos a descontos, enquanto para a versão online, que fica disponível até 12 de dezembro, o passe geral custa 12 euros e cada filme, por compra individual, cobra a partir de um euro.

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