O festival DocLisboa quer dar a conhecer este ano algum do cinema que se produziu nos Estados Unidos nos anos de 1930, “uma década única de possibilidades, experiências e desafios”, revelou hoje a organização.

A retrospetiva é organizada com a Cinemateca Portuguesa e centrar-se-á “nas afinidades e conflitos entre um grupo central de cineastas”, como Ralph Steiner, Irving Lerner e o neerlandês Joris Ivens, que “lutaram para fazer nascer o novo género do documentário social” durante a administração do presidente norte-americano Franklin Roosevelt. Pioneiro do documentarismo europeu, Joris Ivens radicou-se nos Estados Unidos nos anos de 1930 até ao final da II Guerra Mundial, tendo dirigido filmes como "The Spanish Earth" (1937), com narração do escritor Ernest Hemingway.

Outra das retrospetivas do DocLisboa vai dar a conhecer o cinema de Anastasia Lapsui e Markku Lehmuskallio, que “dedicaram as suas vidas e o seu trabalho conjunto aos povos indígenas do Norte”, nomeadamente os Sami, Inuit, Nenets, Chukchi e Selkup.

“Ao tentarem transmitir os modos de ver e a cultura desses povos, que filmam através de uma grande variedade de abordagens cinematográficas, documentaram as suas vidas e criaram um corpo de trabalho único”, refere a organização em comunicado.

Culturgest, Cinema São Jorge, Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, Cinema Ideal e Museu do Aljube — Resistência e Liberdade, Goethe-Institut, Museu Nacional de Etnologia e Casa Independente são os espaços que vão acolher o DocLisboa, que decorrerá de 19 a 29 de outubro.