A programação da Cinemateca Júnior vai repartir-se, a partir de setembro, pelos espaços da Cinemateca, entre Lisboa e Loures, por causa das obras de reabilitação do Palácio Foz, onde está localizada, na capital.

A programadora Neva Cerantola explicou à agência Lusa que na sede da Cinemateca, em Lisboa, serão programadas as sessões de cinema aos sábados e as oficinas para famílias e crianças.

Nos espaços do Arquivo Nacional das Imagens em Movimento (ANIM), em Bucelas (Loures, distrito de Lisboa), deverá ficar disponível a exposição dedicada aos dispositivos de pré-cinema e vão acontecer também oficinas para escolas.

“Vamos continuar com as mesmas atividades, tentar criar novas, dar a conhecer o trabalho da Cinemateca Júnior até para novos públicos, mas queríamos manter a relação que já temos com as famílias e as escolas de Lisboa”, disse Neva Cerantola.

Criada em 2007 como um serviço vocacionado para crianças, jovens e famílias, a Cinemateca Júnior funciona no Palácio Foz, um edifício do século XVIII localizado no final da Avenida da Liberdade e que acolhe também outros organismos.

A Cinemateca Júnior sai temporariamente do edifício por causa de obras de reabilitação que começam a 21 de agosto e se prolongam, pelo menos, por 18 meses, ou seja, até ao primeiro trimestre de 2025, disse à Lusa fonte da assessoria da ministra da Presidência, que tutela o Palácio Foz.

Segundo a mesma fonte, estas obras dizem respeito a estruturas exteriores do Palácio Foz.

Faltam ainda as obras de “recuperação dos espaços interiores do palácio e na parte inferior da platibanda [junto ao telhado], com duração prevista de 24 meses”, cujo contrato aguarda ainda visto prévio no Tribunal de Contas, referiu a mesma fonte.

O Governo aprovou em junho passado a reprogramação da despesa destas obras que, segundo resolução do Conselho de Ministros, estão orçamentadas em cerca de 7,7 milhões de euros, a repartir entre 2023 e 2025.

Neva Cerantola diz que, no caso dos espaços da Cinemateca Júnior, “as obras eram desejáveis”, nomeadamente no auditório, com capacidade para cerca de 120 pessoas, e que é “uma sala histórica que deve ser preservada".