O documentário “A Little Love Package”, do argentino Gastón Solnicki, venceu o Grande Prémio do festival Porto/Post/Doc, anunciou esta quinta-feira a organização, premiando um olhar sobre Viena após a entrada em vigor da nova lei do tabaco.

A coprodução austríaca e argentina, com direção de fotografia do português Rui Poças, venceu o prémio da Competição Internacional, o principal galardão do certame.

“O filme vencedor escapa facilmente a qualificações como documentário, ensaio ou ficção. Lidando, entre outras coisas, com questões da vida urbana contemporânea, o mesmo adota a improvisação como seu princípio orientador. No seu processo, encontra uma liberdade que sempre foi rara, e, certamente, tem-se tornado ainda mais”, pode ler-se na deliberação do júri.

A obra, pode ler-se na sinopse, mostra o “fascínio por Viena” do realizador, que passou pelo festival com “Kékszakállú” (2016), captando “os últimos instantes em que ainda é permitido fumar na via pública” na capital da Áustria.

O filme já tinha passado pelo Festival de Berlim e premiado em Buenos Aires, e aqui foi distinguido por um júri formado por Alexandra Fortes, Gerwin Tamsma e João Lopes.

Na competição Cinema Falado, para filmes em língua portuguesa, foi distinguido “Viagem ao Sol”, um trabalho de Susana de Sousa Dias e Ansgar Schaefer sobre as crianças austríacas que vieram para Portugal no pós-II Guerra Mundial, de novo distinguido desde a estreia.

Além de uma menção especial do júri no Archivio Aperto, em Bolonha, seguiu-se o prémio de Melhor Filme de Não Ficção Novas Vagas, no Festival de Sevilha, depois de ter sido distinguido no festival IndieLisboa, no passado mês de maio.

A categoria Transmission, para filmes ligados à música, foi vencida por “A Viagem do Rei”, uma obra de João Pedro Moreira a partir da arte e vida de Rui Reininho, conhecido por ser o vocalista da banda GNR, com menção honrosa para “El Arena”, de Jay B. Jammal.

Na competição Cinema Novo, foi “Nada para ver aqui”, de Nicholas Bouchez, o vencedor, com “Variations on How to Farm a City”, de Mónica Martins Nunes, como projeto selecionado em Working Class Heroes.

A realizadora portuguesa, que se fixou em Berlim, foi distinguida na semana passada com o prémio de melhor média-metragem do ano do cinema alemão, com o filme “Sortes”, uma coprodução luso-alemã, que regista a paisagem humana e rural da Serra de Serpa, marcada pela desertificação.

Fábio Penela recebeu o Prémio Arché, por “Mysticisme du Sud”, e um grupo de alunos de escolas do ensino secundário do Porto escolheu “A House Made of Splinters”, de Simon Lereng Wilmont, como melhor.

O Porto/Post/Doc termina no sábado, mostrando até lá os filmes premiados, além de outras sessões previamente agendadas.

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