“Diccionario da Linguagem das Flores” é o novo romance de António Lobo Antunes, publicado pela D. Quixote, que tem como personagem principal um membro proeminente do PCP na primeira metade do século passado, e explora temas como o tempo, a memória e a identidade, mas sobretudo a oscilação gráfica entre o português atual e o português do final do século XIX.

A mesma chancela do Grupo Leya publica também “Um tempo a fingir”, novo romance de João Pinto Coelho - que publicou anteriormente “Perguntem a Sarah Gross” e “Os loucos da rua Mazur”, vencedor do Prémio Leya -, que gira em torno de uma judia rebelde e da sua sobrevivência na Itália de Mussolini.

Ainda pela D. Quixote, chega às livrarias mais um romance do norte-americano Philip Roth, “O professor do desejo”, que apresenta a personagem David Kepesh, nos seus tempos de estudante universitário, “um devasso entre os académicos, um académico entre os devassos”.

A terceira de quatro partes da monumental narrativa da história bíblica de José, escrita por Thomas Mann, “José e os Seus Irmãos III - José no Egito”, um conto ilustrado por Kat Menschik, da autoria de Haruki Murakami, intitulado “A Menina dos Anos", e editado pela Casa das Letras, e a biografia “António Variações”, de Teresa Couto Pinto, publicada pela Oficina do Livro, são outras novidades do grupo editorial.

A Relógio d’Água vai publicar o livro de poesia “Acidentes”, de Hélia Correia, um novo romance de Gonçalo M. Tavares, “O osso do meio”, e o último volume da saga de Karl Ove Knausgard, “A Minha Luta 6: O Fim”.

A mesma editora edita este mês o romance gráfico de “A Quinta dos Animais”, de George Orwell, adaptado e ilustrado por Odyr, reedita “Duna”, de Frank Herbert, considerado um dos melhores romances de ficção científica de sempre, e cuja nova adaptação cinematográfica de Denis Villeneuve tem estreia marcada para dezembro, 36 anos depois da visão de David Lynch.

Ainda na área da ficção científica, a editora dá a conhecer em Portugal o escritor Liu Cixin, que apresenta como um mestre chinês da “ficção científica pesada”, nove vezes campeão do Prêmio Galaxy (o de maior prestígio literário de ficção científica da China), com o livro “O problema dos três corpos”, primeiro volume de uma trilogia, e a sua obra mais famosa.

Chega ainda este mês aos escaparates das livrarias “Mary Ventura e o Nono Reino”, conto de Sylvia Plath, escrito em 1952 - quando a autora tinha 20 anos e pouco antes da sua primeira tentativa de suicídio -, que se manteve inédito durante mais de 60 anos, até ser publicado pela primeira vez em 2019, e que agora chega a Portugal.

A Elsinore, do grupo 2020, vai publicar “Pegadas: Em Busca dos Fósseis do Futuro”, de David Farrier, um livro de não-ficção sobre o impacto da passagem da espécie humana pelo planeta, bem como o romance “O Que Resta das Nossas Vidas”, da escritora israelita Zeruya Shalev, um livro sobre amor, infância e maternidade, que venceu o Prémio Femina Étranger.

Ainda em outubro, chega às livrarias o primeiro volume de uma novela gráfica que adapta o ‘bestseller’ internacional “Sapiens: Uma Breve História da Humanidade”, de Yuval Noah Harari.

A Cavalo de Ferro, outra chancela 2020, publica mais um livro da romancista irlandesa Edna O’Brien, de quem já publicou “Cadeiras Vermelhas” e “Na Floresta”, intitulado “Menina”, escrito com base num artigo de jornal sobre as meninas raptadas pelo Boko Haram na Nigéria.

A editora apresenta ainda como destaque a publicação de uma edição especial em volume ilustrado de “Orlando Furioso contado por Italo Calvino”, adaptação do escritor italiano do famoso poema épico de Ludovico Ariosto, com ilustrações de Gustave Doré e tradução, do texto e versos, de Margarida Periquito.

Outra novidade, pela chancela Vogais, é a publicação mundial de “Isto Tem Piada?”, um livro de humor de Jerry Seinfeld, imortalizado na série de comédia com o seu nome, na qual interpretava uma versão semi-ficcionada de si mesmo.

A Alfaguara, do grupo Penguin Random House, reservou para este mês a primeira adaptação para banda desenhada de “1984”, a “obra mais poderosa de George Orwell”, ilustrada pelo artista brasileiro Fido Nesti.

Do mesmo grupo, mas pela Companhia das Letras, chegará “Felicidade”, o novo romance de João Tordo que “gira em torno da vida das magnéticas trigémeas Kopejka, que viram do avesso a vida do protagonista e narrador”, e, na área da não-ficção, pela Objectiva, sairá um novo livro de Helena Sacadura Cabral, “ABC da Vida”, e “1755 – O Mal Sobre a Terra”, uma “viagem” à Lisboa de 1755, pela mão da historiadora brasileira Mary del Priore.

A Quetzal, chancela do grupo Bertrand Círculo, destaca a publicação do romance "A Nossa Parte da Noite", da argentina Mariana Enríquez - de quem já publicara os contos “As coisas que perdemos no fogo” -, obra que o júri do Prémio Herralde, da Editorial Anagrama, apontou como "o novo grande romance latino-americano".

"Outras Inquirições", de Jorge Luis Borges, conhece uma nova edição em outubro, o mesmo mês em que é retomado o romance histórico de Susan Sontag "O Amante do Vulcão", e em que é publicado "Filosofia para Exploradores Polares", de Erling Kagge, bem como um livro de poesia de João Luís Barreto Guimarães intitulado "Movimento".

A Bertrand editora vai lançar “Contos de Grimm para Todas as Idades”, de Philip Pullman, uma seleção pessoal de cinquenta histórias recontadas numa versão “claríssima”, bem como "Infinito num Junco", da autora espanhola Irene Vallejo, uma obra de não-ficção que "narra a viagem pela vida do livro e de todos quanto o preservaram ao longo dos últimos trinta séculos" e que foi "o livro mais vendido em Espanha durante o confinamento".

De Ana Cristina Silva, autora vencedora do Prémio Fernando Namora, em 2017, é publicado "Bela", "um romance psicológico envolvente, arrebatador que narra as paixões, os desencontros, os reveses e a força criativa de Florbela Espanca", poetisa que morreu em 1930, quando completou 36 anos.

No grupo Porto Editora, um dos títulos em destaque é "Contra Mim", de Valter Hugo Mãe, obra nascida num ano introspetivo e simultaneamente uma reflexão sobre a infância do autor.

Neste mês será também publicado “A Axila de Egon Schiele”, poesia reunida (2014-2020) de André Tecedeiro, um novo livro de Richard Zimler, “Insubmissos”, outro de Javier Cercas, “Terra Alta”, e uma adaptação a novela gráfica de “Soldados de Salamina”, de Javier Cercas e José Pablo García.

Um novo livro de Adília Lopes, intitulado “Dias e Dias”, “Poemas Dramáticos e Pictopoemas”, do surrealista Mário Cesariny, e “Triunfo e Tragédia de Erasmo de Roterdão”, de Stefan Zweig, são as novidades a sair através da chancela Assírio & Alvim.

A Livros do Brasil edita “O Templo Dourado”, por Yukio Mishima, e “Os Pássaros e Outros Contos Macabros”, de Daphne Du Maurier.

A chancela Minotauro do grupo Almedina publica “Um armário cheio de sombra”, do poeta e crítico de arte espanhol António Gamoneda, no qual o autor evoca as memórias de infância, marcadas pela orfandade, pela pobreza e pela brutalidade da guerra e do pós-guerra civil de Espanha.

A Tinta-da-China vai editar “Última Hora: Peça em três atos”, de Rui Cardoso Martins, quase em simultâneo com a estreia da obra em palco, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, e a Gradiva vai lançar “Silvana”, de Cristina Cosme, romance galardoado com o Prémio Literário Agustina Bessa Luís 2019.

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