O Homem do Comboio (I)

O Homem do Comboio

O Homem do Comboio (I)

O Homem do Comboio

Mário e Rita vivem juntos já lá vão cinco anos, no bairro de Alcântara, em Lisboa. Têm uma relação estável embora um pouco cansada. Os pais de Rita são do Porto e o casal tem por hábito ir lá passar alguns fins-de-semana. Viajam normalmente de

Mário e Rita vivem juntos já lá vão cinco anos, no bairro de Alcântara, em Lisboa. Têm uma relação estável embora um pouco cansada. Os pais de Rita são do Porto e o casal tem por hábito ir lá passar alguns fins-de-semana. Viajam normalmente de comboio pois o carro deles é um velho Volkswagen que compromete a chegada ao destino. Ambos estão empregados, embora modestamente. Não têm grandes dificuldades. A história começa numa dessas idas ao Porto. Mário e Rita voltam cansados da viagem, dos dias em família. O comboio está superlotado e até ao Entroncamento, ficam no corredor, empurrados e espezinhados pelas centenas de tropas que invadem os comboios aos domingos. No Entroncamento, sai a maior parte das pessoas e finalmente eles conseguem sentar-se, aliviados, num compartimento livre. Mas passado pouco tempo entra um homem estranho e desarrumado, embora bem vestido, que se instala junto deles e que irá desencadear todo o processo de transformação de Rita.