Nheengatu – A Língua da Amazónia

Nheengatu – A Língua da Amazónia

Nheengatu – A Língua da Amazónia

Nheengatu – A Língua da Amazónia

Um filme de José Barahona

Ao longo de uma viagem no alto Rio Negro, na Amazónia profunda, o realizador procura uma língua imposta aos índios pelos antigos colonizadores. Através desta língua misturada, o Nheengatu, e dividindo a filmagem com a população local, o filme constrói-se no encontro de dois mundos. A língua Nheengatu, ou antiga Língua Geral Amazónica, é uma mistura do tupi, do português e de várias outras línguas indígenas. Uma das línguas mais faladas na região Norte do Brasil até meados do Séc. XIX, foi utilizada pelos portugueses, jesuítas e brasileiros como forma de aproximação e catequização dos índios, até Portugal perceber que para reconhecer o Brasil como seu e definir as suas fronteiras, teria de fazê-lo também através da língua portuguesa, banindo assim o Nheengatu.

No entanto, o Nheengatu sobreviveu no norte da Amazónia, na região do Alto e do Médio Rio Negro. Ao longo do tempo continuou a ser usada na catequese e, ao mesmo tempo, tornou-se a língua materna de muitas populações indígenas que perderam a língua materna com a colonização. Atualmente, é falada por parte da população das regiões de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro, no noroeste da Amazónia, na fronteira com Brasil, Venezuela e Colômbia. São Gabriel da Cachoeira, município onde 75% da população se declara indígena, é o único no Brasil que tem três línguas indígenas – Nhebengatu, Tukano e Baniwa – reconhecidas como oficiais, em conjunto com o Português.

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