Budapeste

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Num labirinto de espelhos - duas cidades, duas mulheres, duas línguas -, à maneira de Borges e Gogol, Costa escreve apenas o que vive ou vive do que escreve? A felicidade e o amor são possíveis ou são invenções dos livros, das belas canções? da p

Quando Costa, já bem sucedido como ghost-writer, volta do Congresso de Escritores Anónimos, em Istambul, uma ameaça de bomba obriga o seu voo a fazer uma aterragem forçada em Budapeste. Desde o primeiro momento na cidade, apaixona-se pelo idioma húngaro, a única língua que o Diabo respeita. De regresso ao Rio, reencontra a sua mulher Vanda, uma famosa apresentadora de telejornal, e o seu filho. Mas o casamento deteriora-se e, cada dia mais infeliz, ele passa a murmurar o húngaro, enquanto dorme. Numa última tentativa de salvar o seu casamento no Rio, Costa começa a escrever autobiografias. Tenta através das vidas de outras pessoas, acalmar a sua insatisfação, o seu tédio. O seu grande best-seller é um livro chamado "O Ginógrafo", que narra as aventuras amorosas de um alemão, Kaspar Krabbe, no Brasil, visto como uma visão do paraíso. Vanda acaba por se apaixonar por Kaspar, pois pensa ser ele o verdadeiro autor do genial livro. Pela primeira vez, Costa se sente traído e completamente ressentido com a sua profissão de ghost-writer. Resolve fugir para Budapeste e construir um novo personagem para si, uma nova história. Aí, conhece Kriska, uma professora de húngaro. Uma mulher de 30 anos, divorciada e mãe de um menino, Pisti. Através dela e do seu amor, torna-se o húngaro Zsoze Kósta e inicia, lá também, a sua carreira como ghost-writer. Mais uma vez, escreve, com mestria, teses, contos, e até poesias.

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