Foi sob enorme expetativa que «Clube de Combate» estreou nos EUA a 6 de outubro de 1999. Tratava-se da adaptação de um livro de Chuck Palahniuk rapidamente a alcançar estatuto de culto, e David Fincher, não obstante a desilusão com que foi recebido o seu último filme, «O Jogo» (1997), continuava a ser o realizador de «Seven», e Edward Norton e principalmente Brad Pitt estavam no auge da sua popularidade.

Não obstante, o filme sobre um protagonista (de que não sabemos o nome) que lida de forma radical com o seu desencanto com a sociedade de consumo e o estatuto da masculinidade na cultura americana, em que se estavam a criar adolescentes de 30 anos, nunca chegou verdadeiramente a traduzir a nível comercial a ampla discussão, social, cultural, que suscitou nos «media» da época.

Era como se as duas primeiras regras do clube de combate («Não se fala sobre o clube de combate») tivessem sido seguidas. Celebrado como um clássico instantâneo por uma minoria, recheado de frases para citar, foi realmente com as incríveis vendas de uma fenomenal edição em DVD que se começou a construir o estatuto que agora, 15 anos mais tarde, que agora lhe muitos lhe reconhecem.